O presidente dos encarnados e a estrutura decisória do futebol não ignoram os dois desaires consecutivos (Ajax e Belenenses); no entanto, têm em consideração as circunstâncias em que aconteceram (em período de compensações em Amesterdão; oportunidades desperdiçadas no Jamor), entendendo não serem motivos para mudar, apesar de haver quem pense de outra forma.
A cumprir a quarta temporada ao serviço do emblema da águia, Vitória, de 48 anos, está vinculado até 2020, ano em que termina o quinto mandato de Vieira como presidente do Benfica. E continua a ser considerado elemento fundamental do projeto, como ficou claro na recente apresentação do futebol de formação para 2018/19. “Vamos continuar a construir talento. Temos de ter audácia de os lançar e para isso temos um homem que é o Rui Vitória”, sublinhou Vieira, dirigindo-se aos jovens jogadores e treinadores.
Como se referiu atrás, as duas derrotas não são suficientes para colocar em perigo o lugar do treinador ribatejano. Segundo fonte do Benfica, esse é mesmo um “não assunto”. Ainda de acordo com o mesmo interlocutor, o momento é de “serenidade”, mas também de “exigência máxima”, depois de dois resultados negativos, e “confiança” no alcançar dos objetivos definidos para esta 2018/19.
Apesar de ter perdido a liderança do campeonato e de ter sido ultrapassado pelo FC Porto, o Benfica não perde de vista o topo. E está na luta pelas outras provas nacionais: Taça de Portugal e Allianz Cup. No que se refere à Liga dos Campeões, o apuramento para os oitavos-de-final continua em aberto, ainda que vencer os três jogos que faltam possa não ser suficiente. De qualquer forma, recorde-se que as águias chegaram à fase de grupos após terem ultrapassado a terceira pré-eliminatória e o playoff.