Diretor de comunicação dos leões visa atuação de Vítor Ferreira e Luís Godinho no Benfica-P. Ferreira.
“Não foi um fim-de-semana feliz para a arbitragem”.
“Não pode existir dualidade de critérios em jogos diferentes. Ora, no jogo do Benfica vimos uma dualidade de critérios com o mesmo árbitro, no mesmo jogo, na mesma parte. Ou seja, não foi para o intervalo, comeu uma laranja que lhe caiu mal e depois teve outro critério. Não. Foi tudo nos mesmos 45 minutos, três lances com três critérios diferentes. E, se compararmos com o lance do Daniel Bragança, faz ainda mais confusão. Um árbitro não pode ter uma atitude à sexta-feira, outra ao sábado e outra ao domingo. Isto não faz bem ao futebol. Pior ainda, mais difícil de explicar, volto a dizer, é o mesmo árbitro, no mesmo jogo, na mesma parte ter com as duas equipas critérios diferentes. E foi isso que vimos no jogo do Benfica. Se o lance do ‘Cebolinha’ e o do Otamendi são vistos como lances casuais, faz-me muita confusão que o do Paços de Ferreira seja visto como expulsão”.
“Parece que o regresso do público provocou no sector da arbitragem a ânsia de expulsar por estes contactos quase normais no futebol. Faz-me a maior confusão que se expulse com esta facilidade e ainda mais a falta de critério ou dualidade de critérios. Quem pode e deve contribuir para a verdade desportiva é o sector da arbitragem, e o que aconteceu este fim-de-semana não nos leva a dizer isso”.
“Naquela entrada do Mbemba não houve sequer amarelo; no lance do Daniel Bragança houve expulsão. São ambos pisões… É uma boa discussão. Os vários players do futebol deveriam falar sobre isto abertamente com a arbitragem para se perceber que não podemos diabolizar certos lances e a expulsar jogadores por dá cá aquela palha. Tem sido muito normal as equipas não acabarem com onze o que, em si mesmo, é anormal”.
“Mais uma vez, tem a ver com o critério. O que vimos neste fim-de-semana foi a ausência de critério de jogo para jogo e, mais grave, num jogo apenas, vimos esse critério mudar consoante a equipa que sofreu ou que fez a falta. Não faz bem à arbitragem em Portugal”.
“Em 17 jogos, o Benfica tem menos 20 cartões amarelos do que o Sporting. E se olharmos para estes dois lances começamos a perceber o porquê desta disparidade ao fim da primeira volta, entre dois clubes que estão a lutar pelos primeiros lugares”.
“Relativamente ao jogo do FC Porto, o lance mais caricato será o golo anulado ao Estoril. E o golo é anulado por uma faltinha. É no mínimo perigoso começarmos a marcar as faltinhas que existem ao longo de um jogo. Vamos ficar atentos e ver como é que o Pepe e o Fábio Cardoso defendem nos cantos do FC Porto, por exemplo. Será que vamos passar a marcar as faltinhas todas? Parece-me um total disparate nós alinharmos o nosso futebol por estas faltinhas. O golo na minha opinião é limpo. Aquilo não é uma falta, é uma faltinha. Não faz nenhum sentido, ainda para mais com o apoio do vídeo-árbitro, o árbitro anular o golo daquela forma, por aquela faltinha”.