SIC usa Super Dragão branquear acontecimentos no Dragão

O Professor Daniel Seabra, mestre de antropologia, fez um estudo sobre violência nos estádios de futebol em Portugal e concluiu que, no passado, existiram casos com um grau de gravidade muito maior do que o que ocorreu no Dragão. E prossegue dando os exemplos de Vítor Damas, antigo guarda-redes do Sporting, que foi agredido com uma barra de ferro, no Montijo, e de um árbitro que ficou cego após ser atingido num olho.

Resumindo, como já houve casos piores, está tudo bem. O problema é a mediatização que as imagens têm nos dias de hoje. A cimeira de arruaceiros que aconteceu na passada sexta-feira, no Dragão, é perfeitamente aceitável à luz do inverosímil estudo que este senhor diz ter realizado.

De acordo com informações recolhidas, sabemos que o Professor Daniel Seabra é um ferrenho adepto do FC Porto, ex-membro da claque Super Dragões.

Mestre em Antropologia com dissertação intitulada «’Mágico Porto, vence por nós’. Um estudo antropológico de uma claque de futebol.». Um estudo antropológico de uma claque de arruaceiros. Muito bom.

São estes os especialistas em violência no futebol que a comunicação social chama para tentar branquear a gravidade do que se passou no Dragão. Assistimos a uma batalha campal com agressões e insultos, soubemos que um diretor do FC Porto roubou o presidente do Sporting e, imagine-se, até uma bala foi encontrada no relvado. E até agora só ouvimos um ensurdecedor silêncio da Liga e da Federação. Um escândalo sem limites.

Não compactuaremos com a tentativa de branqueamento que está em curso.