Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, utilizou esta semana a sua conta pessoal do Twitter para fazer um dos maiores ataques ao Benfica.
Entre uma panóplia de verborreias e acusações, conseguiu indiciar o Benfica de culpado em casos como os vouchers, emails, Lionn e uma alegada “cartilha”.
Vamos por partes.
1) Caso Vounchers: foi provado em tribunal que o Benfica estava inocente do que era acusado e que tanto o FC Porto como o Sporting ofereciam o mesmo tipo de brindes a árbitros e agentes desportivos. Esta foi uma calúnia criada por Bruno de Carvalho e o seu diretor de comunicação, Nuno Saraiva, que visava enfraquecer a hegemonia do Sport Lisboa e Benfica.
2) Caso Emails: os únicos condenados pelo tribunal foram Francisco J. Marques e o FC Porto. Na sentença, o juiz decidiu que o FC Porto, a FC Porto SAD e o diretor de comunicação dos portistas estariam obrigados a pagar 2 milhões de euros ao Benfica por danos emergentes e danos não patrimoniais emergentes pela divulgação da sua correspondência. Além destas condenações, os portistas foram ainda condenados pela apropriação desde abril de 2017 de segredos de negócio. Na sentença, que tem 140 páginas, o juiz considerou que a “exibição dos emails assumiu uma lógica de clara propaganda (com anúncios de divulgação, pausas e suspensa artificial); depois se a finalidade era informar, raramente os emails foram exibidos mas apenas lidos, o que nunca possibilitou a público em geral a sua leitura total, não truncada, e crítica. Concluímos, portanto, que os réus não agiram na qualidade de jornalistas, mas sim de sociedades concorrentes”. A ERC, tal como o tribunal, condenou igualmente o FC Porto e o seu diretor de comunicação pelas deturpações e mentiras disseminadas cuja finalidade seria incitar ao julgamento público das massas.
3) Caso Lionn: também aqui Francisco J. Marques acusa o Benfica de ter subornado jogadores para facilitarem em jogos contra o clube. Mais uma mentira. Depois de ter sido dado como provado em tribunal que Lionn mentiu e o Benfica não corrompeu ninguém, o Ministério Público pediu, mediante um pedido de desculpas e o pagamento de uma indemnização por parte do jogador Lionn, suspender o processo, só que sem sucesso, uma vez que o empresário César Boaventura recusou e levou o caso avante, que se encontra ainda a decorrer.
4) Caso Cartilha: o cúmulo da desonestidade. Este sujeito que não tem onde cair morto, que se deu como falido em tribunal, que foi condenado por deturpação, manipulação, apropriação e disseminação de correspondência privada roubada, que esteve preso por, alegadamente, ter batido na mulher, e que continua a exercer funções como diretor de comunicação do FC Porto enquanto usa pulseira eletrónica devido a violência doméstica, acusa o Benfica de ter reunido uma cartilha às escondidas para alinhar determinados comentadores desportivos e jornalistas a favor do clube. Esta é uma daquelas insinuações ultrajantes, abjetas e nojentas que tem de ser denunciada e combatida. A única coisa que o Benfica fez – e sabe-se através das testemunhas que estiveram presentes – foi reunir alguns jornalistas e comentadores à porta fechada para conhecerem o novo treinador Roger Schmidt e ficarem, assim, um pouco mais próximos das ideias e visão do treinador alemão, visto que este havia pedido expressamente para não se fazer nenhuma conferência de imprensa aquando da sua chegada. Este indigente (já faltam adjetivos) não perdeu tempo e logo foi para a sua página pessoal inventar toda uma narrativa, bem à imagem do que fez com os emails, tentando conotar todos os presentes a uma hipotética ligação ao Benfica.
O que Francisco J. Marques se “esqueceu” de referir na fábula que criou, foi que entre os presentes estavam jornalistas do Porto Canal e comentadores afetos ao FC Porto. Claramente cartilheiros ao serviço do Benfica, claro está. Não obstante, o insolente esqueceu-se também de mencionar que em 2020 o FC Porto pagou viagens, deslocações e alojamentos a comentadores e jornalistas para acompanharem a equipa azul e branca ao estrangeiro. Sabem os leitores o que disse Francisco J. Marques, na altura, quando confrontado com estas questões? “É uma idiotice”. Estamos completamente de acordo: ele é claramente um idiota.
Agora, o mais grave no meio de tudo isto.
Começam a surgir rumores de que a coação de Francisco J. Marques surtiu o efeito desejado e um dos comentadores visados, Luís Vilar, será afastado da CNN por ter dito a verdade e colocado a nu a estratégia de comunicação do FC Porto. A confirmar-se, será o maior de todos os escândalos e é uma mensagem clara da CNN a todos os seus jornalistas e comentadores desportivos: têm de bajular o FC Porto e destilar ódio contra o Benfica, de outro modo serão riscados.
Esperamos que tal não se confirme, caso contrário, o Sindicato dos Jornalistas e a ERC terão de pronunciar-se e levar este caso a tribunal. De recordar que Francisco J. Marques esteve suspenso mais 150 dias devido a reiteradas condutas execráveis e desde que voltou o clima do futebol português piorou e a tirania voltou a ter lugar nas manchetes desportivas.
Só num país sem rei nem roque a nível desportivo – como é Portugal – é que delinquentes e bárbaros têm lugar de destaque em clubes e manchetes de comunicação, utilizando o poder da manipulação de informação e das massas para condicionar a liberdade de expressão através da opressão e violência.
É tudo demasiado triste. O desporto português caminha a passos largos para a sua irrelevância.