O carrossel de dinheiro entre Porto e Portimonense

A história de Nakajima tem contornos cómicos no que às suspeitas fiscais dizem respeito.

Nakajima é vendido pelo Portimonense ao Al Duhail por 35 milhões, a 3 de Fevereiro de 2019. Passado apenas 5 meses, é novamente vendido ao FC Porto, por 12 milhões de euros. Em apenas 5 meses, arderam 23 milhões em benefício de Theodoro Fonseca.

Nakajima faz então uma época no FC Porto e, na época seguinte, é novamente cedido, desta vez ao Al Ain, onde faz apenas 2 jogos. Volvido um ano retorna à casa de partida, o Portimonense… por empréstimo do FC Porto.

Talvez Theodoro Fonseca possa explicar qual o verdadeiro interesse do Al Duhail em fazer de barriga de aluguer e perder 23 milhões de euros em escassos meses no meio deste carrossel todo. Theodoro Fonseca que, relembre-se, é um peão do FC Porto e acionista do Portimonense, autor de várias movimentações financeiras entre o FC Porto e Portimonense e responsável pelo financiamento dos “dragões” através da sociedade offshore “For Gool”. Parte destas verbas serviram para contratar jogadores através de operações que levantam suspeitas às autoridades fiscais portuguesas. No total, estão envolvidos cerca de 13.4 milhões de euros.

Gostaríamos ainda de vos recordar:

  • Theorodo Fonseca receberia uma comissão caso o FC Porto se sagrasse campeão em 2019;
  • Theodoro Fonseca é acionista maioritário do Portimonense e intermediou a transferência de Nakajima para o FC Porto;
  • Danilo foi comprado ao Portimonense e não ao Marítimo, clube onde jogava;
  • Paulinho e Ewerton foram contratados pelo FC Porto ao Portimonense, mas foram devolvidos passados 6 meses porque, alegadamente, não havia dinheiro para os pagar;
  • Nos últimos 3 anos, mais de 20 jogadores foram movimentados entre Portimonense e FC Porto.

Em menos de 2 anos, mais de 20 jogadores foram e vieram de um lado para o outro:

  • Danilo Pereira (CS Marítimo – Portimonense SC – FC Porto);
  • Galeno (Portimonense SC – FC Porto);
  • Paulinho (Portimonense SC – FC Porto- Portimonense SC);
  • Ewerton (Portimonense SC – FC Porto);
  • Manafá (Portimonense SC – FC Porto);
  • Rafa Soares (Portimonense SC – FC Porto);
  • Inácio (Porto B – Portimonense SC);
  • Fede Varela (Porto B – Portimonense SC);
  • Chidera Ezeh (FC Porto – Portimonense SC – FC Porto – Portimonense SC);
  • Yahaya (FC Porto – Portimonense SC);
  • Ryuki (Porto B – Portimonense SC);
  • Irhene (Portimonense SC – Porto B);
  • Mata (Porto B – Portimonense SC);
  • Maurício (Portimonense SC – Porto B);
  • Gleison (Portimonense SC – Porto B);
  • Bruno Costa (FC Porto – Portimonense SC – Paços Ferreira – FC Porto);
  • Nakajima (Portimonense SC – Al Duhail – FC Porto – Al Ain – Portimonense SC).

Além dos contornos do negócio Nakajima, temos vários outros casos suspeitos, sempre pela mão do acionista do Portimonense.

Se querem a verdadeira definição de lavagem de dinheiro, basta lerem incessantemente os contornos destes negócios.