O líder da claque Super Dragões, foi castigado com uma multa de 2600€ e a um castigo de interdição de acesso a recintos desportivos por um período de seis meses. A pena foi aplicada pelo IPDJ e tem como motivo o polémico cântico alusivo à Chapecoense durante o encontro de andebol, FC Porto – Benfica, realizado na última temporada, no Dragão Caixa. Na segunda parte a claque portista, cantou “Quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica”. Sucedeu numa altura em que os encarnados estavam em vantagem e, quando os portistas passaram para a frente, os cânticos pararam.
Fernando Madureira alega que no video vê-se que não está a cantar e que esta decisão foi feita para o ferir e que a pena tem de ser anulada, porque não cantou, e que mesmo que tivesse cantado que não era motivo para tal decisão porque todas as semanas há cânticos de uns clubes contra os outros.
Costuma-se dizer que a justiça tarda, mas não falha. Esperemos que sirva de exemplo ás claques, e que este tipo de violência verbal, seja punido.
Através de um comunicado, a claque mostrou “surpresa e repúdio” com a decisão, considerando-a “absurda”:
“A direção da Associação Super Dragões, claque legalizada de acordo com a legislação em vigor, vem por este meio manifestar total surpresa e repúdio perante o castigo de que Fernando Madureira, líder do grupo, foi no dia de hoje alvo por parte do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). (…) Ironia das ironias, a penalização é conhecida poucos dias após um fim de semana onde dois jogos transmitidos em direto por diferentes canais de televisão foram interrompidos por desacatos de adeptos. Será que nestes casos o IPDJ vai atuar? Será que o IPDJ vai levantar processos a quem prevaricou com todo o país a assistir em direto? Ficamos portanto a saber que no desporto em Portugal, um cântico é mais grave do que violência física praticada contra outros adeptos ou forças de autoridade. Mas até os próprios cânticos têm cor clubística pois aqueles que aludem a crimes como o “very light” no Jamor continuam a ser permitidos e não sofrer qualquer punição.(…) Para finalizar, uma palavra de forte solidariedade e reflexão para com Fernando Madureira. Bem sabemos que o recurso tem efeitos suspensivos e como tal continuaremos a contar com a sua presença nos recintos desportivos onde as equipas do Futebol Clube do Porto defenderem as nossas cores, mas a revolta é óbvia e abrange todos os ultras e portistas em geral. Se calhar, num país onde a ilegalidade continua a ser premiada, está na altura de mudar de comportamentos e deixar de colaborar ativamente com forças de segurança e demais instâncias responsáveis por eventos desportivos para que depois os Senhores do Futebol provem do seu próprio veneno”