“Não somos um canal de clube nem da FPF. É o canal do futebol português. Vamos ter debates e análises dos principais momentos do futebol e das principais equipas, mas nunca o vamos fazer numa perspetiva clubística. Já há oferta suficiente no mercado em relação a isso.” – Nuno Santos, Diretor do Canal 11.
A Federação Portuguesa de Futebol lançou esta semana o Canal 11, cujo objetivo é tratar o futebol de um modo diferente, distante do que acontece nos outros canais como SIC, TVI, CMTV e outros. A ideia é de salutar, pode ser uma pedrada no charco que é o lodo existente no desporto em Portugal.
Para atingir esse objetivo – de elevar a discussão do jogo, sem clubites exarcebadas – é contudo necessário ter profissionais competentes e isentos. Pedimos que sejam isentos, não que vistam o manto da isenção. É sabido que os jornalistas gostam muito de levar a “liberdade de expressão” aos extremos, sobretudo quando lhes convém. Não podem é estar à espera que comentários feitos no passado sejam apagados e deixados de ser tidos em conta.
Damos o exemplo de Sofia Oliveira, que integra o projeto do Canal 11. Ali veste o manto da isenção, quer tratar os clubes por igual. Pena que no passado tenha uma série de comentários insultuosos e de má fé para com o Sport Lisboa e Benfica. Antes de ir para o Canal 11, trabalhou no Sporting, primeiro no Jornal e depois na Televisão. Esteve também nos quadros da YoungNetwork Group, empresa que geriu durante algum tempo a comunicação do Sporting, a qual dispendia mais de meio milhão de euros ao ano. Esta empresa foi a responsável pela montagem de uma máquina de propagada, construída para atacar e destruir o Benfica, seja através de blogs (Mister do Café), seja através de perfis falsos nas redes sociais e comentários televisivos.
Outra das caras do Canal 11 é Pedro Sousa, que foi “apenas e só” Diretor de Comunicação do Sporting Clube de Portugal.
Se se olhar à equipa do Canal, torna-se evidente que o facto de existirem jornalistas que passaram pela estrutura do Sporting e do Porto é considerado algo normal e recorrente. Mas quantos profissionais com passado no Benfica integram o projeto? Curiosa questão.
Quem se segue? Carlos Rodrigues Lima? Bernardo Ribeiro? Pedro Candeias? Todos estes colaboraram ativamente no ataque ao Benfica, seja divulgando emails, seja levantando dúvidas infundadas, seja colocando em causa a idoneidade de funcionários do Benfica, sem direito ao contraditório e em plena praça pública, escondendo-se através das suas contas das redes sociais.
O Polvo pergunta qual o critério principal de recrutamento para o Canal 11. Se a competência e integridade, se o passado no Sporting ou Porto, ou se o clubismo doentio e ódio a determinados clubes? Não pedimos que sejam integrados elementos ligados ao Benfica, apenas exigimos que não tomem as pessoas por parvas.
Estamos atentos.
A equipa do Polvo das Antas