Muito se falou no ‘Caso dos Vouchers do Benfica’, processo que se iniciou em 2015 devido a uma queixa de Bruno de Carvalho, que classificou as ofertas do Benfica como ilegais e passíveis de condenação desportiva. O processo acabou por ser arquivado em agosto deste ano pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que decidiu que as ofertas estavam dentro do conceito “mera cortesia”, “admitida na regulação desportiva”.
Durante estes dias, o Benfica voltou a vir á baila na boca da imprensa, devido a Miguel Lucas Pires, membro do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), ter solicitado em abril passado, bilhetes para um jogo do Benfica, a Fernando Seara, amigo de longa data, que na altura não exercia qualquer cargo na estrutura directiva do Benfica. Em nada violou o estatuto de árbitro, porque não foram solicitados bilhetes junto de dirigentes, funcionários, treinadores ou jogadores do Benfica.
Como a memória pode ser curta, nós fazemos ela avivar-se! Recuemos então a 2010, quando o FC Porto dava bilhetes, camisolas e empregos para acelerar processos de legalizações de vários jogadores.
Embora tenho ficado provado que os funcionários do SEF agiram fora do exigido na lei, o DIAP considera que apenas obedeceram a “uma prática institucionalizada a nível nacional, no SEF”, no que se refere a atletas estrangeiros.
Ninguem pediu bilhetes ao FC Porto, muito pelo contrário, forem eles que abriram os cordões há bolsa!