A SAD liderada por Pinto da Costa voltou a dar uma hipoteca do Estádio do Dragão como garantia para a emissão de papel comercial por parte do Banco Carregosa, entidade agraciada recentemente com o Dragão de Ouro de parceiro do ano do FC Porto.
Após um primeiro encaixe realizado por esta via em agosto, no valor de sete milhões de euros, e com vencimento no mês findo de fevereiro, a SAD assegurou a entrada de mais cinco milhões em dezembro pela via da negociação de papel comercial. Neste caso, para além do estádio, entraram ainda como garantia os passes de Danilo, Felipe, Marega e Ricardo Pereira, sendo uma operação com vencimento definido para setembro.
Na emissão do passado verão, as garantias, para além do Dragão, foram os passes de Danilo, Felipe e valores a receber pela venda de André Silva ao AC Milan.
Registe-se que o ‘project finance’ do Estádio do Dragão foi concluído, estando o recinto “totalmente pago” desde o 1.º semestre de 2016/17, após a liquidação da última prestação, sendo caso único no que toca ao comparativo entre os três grandes do futebol português. O que não invalida que a complexidade técnica de um documento extenso possa despertar alguns focos de curiosidade.
“As amortizações excluindo depreciação de passes representam essencialmente as amortizações contabilizadas na EuroAntas, uma vez que esta empresa é detentora do Estádio do Dragão, que está a ser amortizado por um período de 50 anos”, pode ler-se como justificação para uma rubrica de custos operacionais no valor de 2,329 milhões no semestre em apreço. Um ponto que tem uma expressão meramente contabilística relacionada com o período útil de vida estimado para o ativo tangível em causa e não indicia novos endividamentos.