Aqui vão umas continhas para quem gosta destas coisas, a propósito do fora-de-jogo de 2 cm:
Uma bola de futebol chutada a pouca velocidade andará pelos 40 km/h (o passe em questão terá sido muito mais rápido, mas ficar-nos-emos pelos 40 km/h para já). 40 km/h são 4.000.000 de cm/h. Como uma hora tem 3600 segundos, serão 4.000.000/3600 = 1111 cm/s.
A emissão de televisão anda a 25 frames por segundo, por isso, a 40 km/h, cada frame corresponde a 1111/25 = 44 cm.
Agora expliquem-me como é que um computador que analisa imagens frame-by-frame consegue determinar que um jogador está fora-de-jogo por 2 cm?
Mesmo que houvesse câmaras de muitíssima alta resolução, a filmar a jogada a 50 metros ou mais, o que é que conta? O momento em que o pé toca na bola? O momento em que a bola deixa de fazer contacto com esse pé? É que estamos a falar de 1 ou 2 décimos de segundo de contacto e a própria bola deforma-se 3 ou 4 cm quando é chutada…
Não vos parece que a lei do fora-de-jogo e a correspondente análise pelo VAR deveria ter como pressuposto uma margem de erro, ainda por cima quando a FIFA determinava, antes destas tecnologias, que o árbitro deveria, em caso de dúvida, beneficiar quem ataca?
Deixo à vossa consideração esta análise.