A ação do Governo relativamente à prevenção da violência no desporto é ineficaz. Este fim de semana comprovou-se que a reação é, igualmente, insuficiente. O ambiente de “guerra civil” que se viveu em redor da deslocação da equipa do Benfica e dos seus adeptos devia motivar uma tomada de posição enérgica. Foram identificadas 60 pessoas, conotadas com um grupo de adeptos portistas conhecido por práticas ilegais, que se deslocaram, propositadamente, para agredirem adeptos do Benfica que saudavam o autocarro do seu clube.
Isto não é uma milícia? Foram vários os incentivos ao ódio e à violência, incluindo a simulação de linchamento de um árbitro e de um jogador do Benfica. Foram destruidas e vandalizadas casas do BENFICA. O Ministro da Administração Interna e o Primeiro Ministro conformam-se que no País que governam um adepto comum não se possa deslocar a uma cidade para ver um jogo de futebol? Aguardam que os Benfiquistas se organizem em grupos armados de auto-proteção.
É aceitável a instituição de feudos? Este retrocesso civilizacional leva-nos à idade média. As forças policiais não têm capacidade para investigar e prevenir Isto!? Bastava um inquérito com a promoção de medidas de coação a meia dúzia de responsáveis e estaria dado o mote para uma normalização necessária. Manter o taticismo cobarde significa incentivar estas práticas e colher a tóxica semeadura que elas trazem. Nada que preocupe o Governo e a Presidência da República? Da Liga e da FPF já nem vale a pena falar pois são co-autoras deste contexto de degradação absoluta. Vivem disto.