Ao longo dos últimos anos o Ministério Público tem revelado uma conduta persecutória e iníqua movida contra o Sport Lisboa e Benfica. São várias as investigações baseadas num conjunto de deduções genéricas sem elementos de prova claros e inequívocos.
Recordemos todos esses processos judiciais:
Caso dos Vouchers
- O caso dos ‘vouchers’ surgiu após declarações de Bruno de Carvalho, no dia 5 de outubro de 2015, num programa televisivo da TVI. O então presidente do Sporting afirmou que o Benfica fazia ofertas às equipas de arbitragem que atingiam um valor total de 250 mil euros. No dia 27 de janeiro de 2017 o processo acabou por ser arquivado, não sendo provada qualquer ilegalidade. Foi, na altura, esclarecido que todos os clubes ofereciam presentes e/ou brindes aos agentes desportivos do futebol, e o próprio Sporting não era exceção.
Lavagem de dinheiro
- A investigação levada a cabo pelo Ministério Público relacionava-se com a alegada transferência de 1.9 milhões de euros do Benfica para uma consultora informática, por uma suposta prestação de serviços. Resumindo, uma mão cheia de nada que apenas serviu para criar ruído.
Caso dos “E-mails”
- Este caso teve origem em denúncias feitas por Francisco J. Marques. No dia 6 de julho de 2017, o diretor de comunicação do FC Porto divulgou no programa ‘Universo Porto da Bancada’, do Porto Canal, e-mails que terão sido trocados entre Adão Mendes, antigo árbitro da Associação de Futebol de Braga, e Pedro Guerra, frisando que os mesmos configuravam um «esquema de corrupção para beneficiar o Benfica». O Ministério Público acabou por acusar o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, o diretor do Porto Canal, Júlio Magalhães, e um comentador de violação de correspondência e de acesso indevido, por divulgarem conteúdos de e-mails truncados, falsificados e totalmente descontextualizados. O FC Porto, FC Porto SAD e Francisco J. Marques foram ainda condenados a pagar cerca de 2 milhões de euros de indemnização ao Benfica. Esta decisão foi corroborada pela ERC, que repudiou e desconstruiu por completo a narrativa do FC Porto, FC Porto SAD e Francisco J. Marques, deixando bem explícito que tudo não passou de uma narrativa criada com base em deturpações e manipulações de maneira a formarem uma retórica mediática em prejuízo do Benfica.
Operação Lex
- Uma investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e da Polícia Judiciária. Este processo envolve o juiz desembargador Rui Rangel e Luís Filipe Vieira, que está acusado de recebimento indevido de vantagem, tal como Fernando Tavares, vice-presidente do clube e Jorge Barroso, advogado e assessor do presidente. Em causa, o facto de, alegadamente, ter tentado obter informação privilegiada de um processo fiscal que envolvia a empresa do filho. A instituição Sport Lisboa e Benfica, uma vez mais, nada tem a ver com este processo, contudo foi conotada ao litígio através da influência da comunicação social.
Caso e-Toupeira
- Com origem no caso dos e-mails, o e-toupeira envolveu diretamente Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, um técnico informático e um funcionário judicial.Paulo Gonçalves é acusado de, alegadamente, ter aliciado três funcionários judiciais para receber informações sobre o processo ‘caso dos emails’ depois de acesso informático indevido a informações que se encontravam em segredo de justiça. Em causa está a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal. Novamente, a SAD do Benfica foi ilibada de todos os crimes de que era acusada na praça pública, sendo que tudo tentaram para associar o Benfica ao processo com constantes machetes baseadas em insinuações sobre uma hipotética e ridícula descida de divisão, sem por isso o conseguirem.
Viciação de jogos
- A Polícia Judiciária e o Ministério Público entretiveram-se a investigar um alegado aliciamento de jogadores do Marítimo por parte de um suposto elemento do Benfica, no embate entre as duas equipas, na 33.ª jornada do campeonato de 2015/16. Dois jogadores maritimistas, sob forma de anonimato, lançaram as suspeitas numa rábula criada por Gonçalo Azevedo Ferreira, que atualmente representa o SC Braga. Mais tarde e depois do lixo lançado para o público, veio-se a provar que afinal não eram jogadores a falar mas sim atores contratados para a reconstituição da investigação. A SIC promoveu, portanto, um grande e volumoso fardo de palha fomentado por mentiras e difamações.
Mala Ciao
- A Polícia Judiciária, no âmbito deste processo, chegou a efetuar buscas na SAD do Benfica e do Santa Clara, numa operação conjunta com o Ministério Público (MP) e a Autoridade Tributária (AT). Em causa negócios relacionados com três jogadores líbios, um deles o extremo esquerdo Hamdou Elhouni, transferido para o Benfica em 2016, com passagem posterior pelo Desportivo das Aves.Além das SADs de Benfica e Santa Clara, o processo visa empresas e residências particulares, inclusive do presidente do clube dos insulares, o advogado Rui Cordeiro, do administrador e diretor desportivo Diogo Boa Alma e do empresário brasileiro Khaled Ali Mesquita Saleh, que representa o principal acionista particular da SAD do Santa Clara.À semelhança do que aconteceu com o caso dos ‘vouchers’, este será outro que acabará arquivado devido à ausência de qualquer tipo de prova de ilegalidades cometidas pelo Benfica. Mais um, numa panóplia de processos arquivados. Como nota, fica o regojizo do Ministério Público para com o Benfica ao atribuir o nome de “Mala Ciao” ao processo, em alusão ao “Penta Ciao”. Revelador do gozo que paira neste órgão constitucional.
Processo Cartão Vermelho
- O Ministério Público e a Autoridade Tributária escutaram e vigiaram nos últimos anos Luís Filipe Vieira, Pinto da Costa, Fernando Gomes e o empresário Pedro Pinho. Em causa estão suspeitas de desvio de dinheiro em comissões de negócios milionários. A operação foi montada pelo inspetor tributário Paulo Silva que trabalha com o procurador do Ministério Público desde 2005 em alguns dos processos mais complexos da justiça portuguesa.As vigilâncias aos telefones de dezenas de alvos duraram, ao que tudo indica, vários anos, e escutaram terceiros que nada tinham a ver com a investigação. Surpreendentemente, estas escutas têm sido transcritas e publicadas através do Grupo Cofina e Impresa, numa campanha persecutória que, ironicamente, roça o crime de devassa da vida privada.
- Qual o real interesse em publicarem escutas sobre Domingos Soares Oliveira e Luís Filipe Vieira a falaram entre si sobre Rui Costa?
- Qual o real interesse em publicarem escutas de Jorge Jesus a dizer que preferia uma perna de Arão a Weigl?
- Qual o real interesse em publicarem escutas em que os dirigentes do Benfica sondam treinadores para substituir Bruno Lage?
- Qual o real interesse em publicarem escutas sobre a opinião do Mourinho acerca de Jorge Jesus?
- Rigorosamente nenhum. Apenas por a nu a vida inteira de um clube. Um strip-tease nunca antes visto e inadmissível em qualquer Estado de Direito. E, inacreditavelmente, todos parecem achar isso normal!
Todos estes processos foram tornados públicos e debatidos ‘ad nauseam’ na nossa praça. Para a comunicação social portuguesa, quando o assunto é o Benfica, as toupeiras viram fontes. Tudo se torna legítimo sob o manto da liberdade de informar. Vale tudo pelas audiências.
Através do jornal Expresso, fomos presenteados com mais um ataque ao Benfica. Desta vez é a Autoridade Tributária que suspeita que o SC Braga poderá ter facilitado para que o Benfica fosse campeão em 2010. Para os mais desmemoriados, recordamos que:
- Falamos do mesmo SC Braga que se bateu até à última jornada com o Benfica.
- Falamos do mesmo SC Braga que tinha um autocarro de festejos de campeão pronto.
- Falamos do mesmo SC Braga que venceu o Benfica com uma expulsão de Javi Garcia e com um golo marcado depois de Mossoró percorrer 2 metros com a bola fora do terreno de jogo.
- Falamos do mesmo SC Braga que foi levado ao colo e que venceu o Vitória de Guimarães num roubo de igreja, com um penálti aos 90+6 e com direito a 4 expulsões para o Vitória de Guimarães.
E que tal se os magistrados do Ministério Público, em vez de se preocuparem em plantar escutas sem qualquer relevância criminal na imprensa, começassem a investigar o que realmente urge ser investigado?
E que tal se a Autoridade Tributária investigasse o Grupo Impresa e os milhões que devem ao Estado?
E que tal se o Ministério Público investigasse os jornalistas do Expresso que, alegadamente, eram controlados por Ricardo Salgado?
Para as toupeiras do Ministério Público, Grupos Impresa e Cofina, só importa marrar no vermelho e promover um linchamento mediático na praça pública sobre o Benfica. Não interessa se existe fundamento, não interessa se é tudo falso, não interessa se isso coloca em causa a imagem do clube. O que importa é desestabilizar, causar a dúvida, gerar falatório e imputar suspeitas sobre o Benfica.
Segundo o Expresso, em 2009 o Benfica terá pago mais de 5.5 milhões de euros a Bruno Macedo pela comissão da compra de Talisca ao Bahia e pela sua venda para a China. Ou seja, a Autoridade Tributária e o Ministério Público, a acreditar nas alarvidades debitadas pelo Expresso, suspeitam que o Benfica pagou a Bruno Macedo em 2009 uma comissão de uma compra efetuada em 2014 e, cuja venda, se efetivou em 2018. Em 2009, veja-se bem, Talisca tinha 15 anos.
Quando pensávamos que não podiam descer mais baixo na senda persecutória movida contra o Benfica, eis que o Grupo Impresa decide igualar a Cofina e fazer capa com hipotéticas suspeitas de um campeonato em que os dois clubes lutaram pela conquista do título até ao fim. O Benfica, através de uma bola de cristal, sabia em 2009 que iria contratar Talisca em 2014 e vendê-lo em 2018. E a suprema conclusão: isto tudo para que o SC Braga facilitasse num jogo. De génio.
As motivações que movem estes Grupos contra o Sport Lisboa e Benfica são, hoje em dia, bem claras. Diariamente surgem notícias que, pela falsidade ou pela forma como são distorcidas, visam transmitir uma realidade diferente daquela que efetivamente se vive. A título de exemplo, esta notícia avançada pelo Expresso é uma reciclagem de uma notícia da Cofina avançada em 2020. Se dúvidas restavam relativamente aos verdadeiros interesses por trás destes ataques, esperamos que tenham ficado dissipadas.
Vivemos tempos em que uma notícia já não é a descrição de uma realidade, mas sim a elaboração que determinado jornalista faz dessa realidade. Tempos que deveriam obrigar a uma rigorosa verificação dos factos que são noticiados, condição de rigor e sinal de respeito não só em relação ao público a que se destinam, mas igualmente em relação às pessoas ou instituições que são visadas. Infelizmente, os interesses obscuros de determinadas agendas movidas por terceiros falam mais alto, corroendo por completo o verdadeiro sentido da informação e da transparência. Assim vai Portugal.
Para a história ficam as manchetes e as sínteses a acusarem o Benfica de crimes que nem sequer lhe são imputados. Tudo isto é abjecto, ultrajante e intencional. Não existe nenhuma relevância que não seja fragilizar, descredibilizar, enfraquecer e minar o clube.