Varandas: “A Taça valia tanto como um furúnculo que tinha no cu”

Durante uma reunião em Alvalade, no dia anterior às agressões, Frederico Varandas conta que Bruno de Carvalho se apresentou com tom desafiador e desdenhou a vitória na Taça de Portugal, um dia depois de ter perdido o acesso à Liga dos Campeões com a derrota na Madeira.

“O presidente disse que a Taça valia tanto como um furúnculo que tinha no cu”, referiu Frederico Varandas, no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, onde está a ser ouvido esta sexta-feira, no âmbito do julgamento ao ataque à Academia.

“Depois, disse que a partir do dia seguinte tudo iria mudar e, em tom desafiador, com o dedo indicador apontado, disse as seguintes palavras: ‘Aconteça o que acontecer, quero ver quem é que fica comigo'”, acrescentou Frederico Varandas, que recorda uma escalada tensão no mês anterior, entre claque e atletas, que culminou no confronto verbal entre Acuna e Fernando Mendes, antigo chefe da claque Juve Leo, no jogo da Madeira.

Na reunião, Bruno de Carvalho ainda se dirigiu a André Geraldes, informando que o treino ocorreria na parte da tarde do dia seguinte e exigindo aos intervenientes que estivessem na Academia.

Findas as reuniões na véspera do ataque, recebeu um telefonema de Jorge Jesus a informá-lo de que tinha sido despedido. “Acabou doutor, fui despedido”, terá dito o técnico português.