A FALSIDADE DO “CANAL ISENTO”

Aquando do lançamento do novo canal da FPF, imperou um discurso de diferenciação, que seria um canal para falar apenas de futebol, isento e sem polémicas, que rapidamente “ganhou adeptos”, incluído alguns Benfiquistas que certamente se deixaram levar por tamanha e falsa retórica.

Contudo, desde logo, algo não batia certo. Qual a razão para um canal que pretendia ser isento, imparcial e respirar apenas futebol, contratar – quase que por regra – de forma direta ou indireta, no presente ou no passado, apenas jornalistas e profissionais ligados a FC Porto e Sporting CP? E mais, profissionais ligados a uma empresa de comunicação (YoungNetwork), que no período de Bruno de Carvalho, foram responsáveis pelo maior ruído e lamaçal a que alguma vez se assistiu no futebol Português. Falamos naturalmente, da anti Benfiquista confessa, Sofia Oliveira. Entretanto, já tivemos um Vice Presidente do Conselho de Arbitragem, João Ferreira, “chamado” excecionalmente ao canal, para justificar lances num jogo frente ao Belenenses SAD, em que o SL Benfica foi claramente prejudicado, numa tentativa forçada de nebular a verdade. Tudo isto seria justificável, se o canal não apregoasse a diferenciação que afinal não existe, e muito menos a isenção que todos já percebemos ser igualmente fantasiosa.

Fantasiosa e cada vez mais a descoberto, como comprova a entrevista a Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, envolto na polémica do murro do Jamor, que utilizou o canal da FPF para limpeza de imagem, aproveitando ainda, para atacar SL Benfica, arbitragens e deixar clima de suspeição no ar.

Os casos foram-se multiplicando e temos agora mais duas situações, em poucos dias, que elucidam as reais intenções e posicionamento do canal “isento” da FPF:

1. Pedro Sousa, atual diretor do canal, conhecido adepto e antigo diretor de comunicação do SCP, veio pedir esclarecimentos ao Conselho de Arbitragem sobre a arbitragem de Jorge Sousa, no último SC Braga x Sporting CP. Qual o motivo? O que aconteceu neste jogo, para além das queixas infundadas de dirigentes, treinadores e jogadores leoninos? Porquê fazê-lo neste jogo e não em tantas dezenas de outros jogos bem mais polémicos que o jogo de sentido único no Municipal de Braga?

2. No programa “Futebol Total”, foi lançado o tema de espetadores e taxa de ocupação, da época 18/19, nos estádios dos principais campeonatos europeus. Qual o espanto quando na Liga NOS são apresentados valores que não correspondem à verdade, colocando o FC Porto como clube com a maior taxa de ocupação (82%), ignorando e adulterando, os reais números do SL Benfica (83%), como se pode facilmente confirmar no site da Liga NOS. Qual o intuito? Já todos sabemos que o número de espetadores no Estádio do Dragão é adulterado, com o valor final a bater sempre com o número da camisola do jogador que marcou o primeiro golo. Agora, não é admissível que estes malabarismos aconteçam no canal oficial da FPF. Incompetência ou manipulação?