50 investigações em curso sobre negócios do futebol

No Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) há 50 inquéritos que investigam os negócios dos clubes da primeira e da segunda Liga, não só pelos negócios, mas também pelos casos de corrupção desportiva.

No Fisco há mais de uma centena de processos administrativos, que por norma são resolvidos voluntariamente pelos visados.

Uma das maiores investigações que se encontra em curso é a “Operação Fora de Jogo”, que investiga um alegado esquema de comissões-fantasma milionárias pagas por clubes de futebol, através da emissão de faturas de serviços de intermediação fictícios, a empresas muitas vezes sediadas no estrangeiro, preferencialmente em paraísos fiscais e representadas por um advogado ou por outra sociedade.

Este processo agregou seis inquéritos que escrutinam negócios de 500 milhões de euros e têm cerca de 130 arguidos, entre eles futebolistas, agentes ou intermediários, advogados, dirigentes desportivos, etc.

Entre os clubes sop suspeita estão Benfica, Porto, Sporting, Braga, Guimarães e Marítimo. Um dos agentes também visados é o “superagente” Jorge Mendes.

Não só nos maiores clubes estão os problemas com a lei. No início deste ano, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tinha 40 inquéritos em curso visando clubes do Campeonato Nacional de Seniores e divisões inferiores por crimes de auxílio à imigração ilegal e tráfico de seres humanos relacionados com jogadores estrangeiros.

Desde 2019, já foram detetados cerca de 110 atletas a atuar nestas situações, em Portugal.